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José Augusto Pereira Brito
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Habilidade com a Tecnologia Define o Futuro

Entre a velha e a nova economia, o que faz a diferença é a exigência que a última faz em relação a uma redefinição contínua das estratégias corporativas, das formas de produção, distribuição, vendas e comunicação com o público-alvo. Assim, serão necessários profissionais habilitados para novos desafios surgidos com a tecnologia. Com o domínio da tecnologia, será possível um profissional encontrar outros capacitados em seis cidades do mundo e formar uma multinacional com apenas seis executivos e seis terminais conectados.

A avaliação é do coordenador das atividades mundiais de tecnologia avançada da Korn/Ferry International, Geoffrey M. Champion, para quem o perfil do profissional não mudou muito. Antes, ele deveria ter boa moral, carisma, espírito de cooperação e saber falar. "Ele precisava ter todas as respostas e, o de hoje, precisa saber para onde encaminhar seu pessoal de forma que eles mesmos encontrem as respostas", explica. A Korn/Ferry é a líder mundial de recrutamento de altos executivos para a modalidade Business to Business (BtoB), que terá uma forte aceleração daqui para frente, segundo Champion. Isso acontecerá porque se abriu a oportunidade de as empresas ganharem market share e, como conseqüência, servir melhor o seu cliente.

Atualmente, o BtoB representa 48% do mercado (US$ 120 bilhões) contra 52% do Business to Consumer (BtoC)(US$130 bilhões). Isso aconteceu porque o mercado de consumo foi mais ágil, seguindo sua natureza de ir ao encontro de oportunidades de negócios. De outro lado, acrescenta Champion, o BtoB é mais complexo porque agrega clientes, fornecedores e provedores. Em 2002, a proporção deve se reverter para 75% versus 25%.

Agregando valores

Champion ressalta ainda que a propriedade intelectual está sendo ultrapassada pela tecnologia. "Hoje está tudo aí. Você tem apenas de se concentrar no conteúdo do trabalho. Assim, se você é muito bom, é provável que também seja muito independente. E se é muito independente, poderá formar uma associação e competir com a empresa para a qual trabalhava antes", diz. Entretanto, ressalta, não está sendo considerada a possibilidade de as próprias pessoas procurarem um aperfeiçoamento individual na Internet. Isso vale para a política desenvolvida junto aos funcionários. Se da direção não partem iniciativas de colocar mais tecnologia, permitindo mais acesso à informação ao trabalhador, os bons profissionais irão se transferir para outros lugares. A regra também pode ser aplicada em relação ao cliente. Caso o revendedor fique estagnado, sem oferecer serviços adicionais, estará fora do negócio. Ao entender melhor o cliente e variar no atendimento, a empresa permanece à frente no mercado, além de manter seu cliente. "Hoje se diz que a Internet é o grande equalizador: se você não agrega valor ao seu website, eu simplesmente não entro nele", diz Champion.

Reforço na intermediação

A Internet também deverá refletir na intermediação. Ao contrário da voz corrente, que prega o fim da intermediação, Champion prevê o aumento do número desses profissionais. Ele explica que a web permite a fragmentação dos negócios, que tornará o processo mais eficiente e diminuirá os estoques. "Quando você achar que precisa de um produto, este já estará sendo produzido para você ou chegando à sua casa", observa. Após essa fase, o executivo prevê que a tecnologia será usada para desenvolver os sistemas educacionais.

O cenário da nova economia - 13/3/2000
Meio & Mensagem - Geoffrey M. Champion

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